Obsolescência planejada é o conceito de que um produto deve ser projetado e produzido com o conhecimento de que ele só será popular, útil e funcional por um período limitado de tempo.
O termo obsolescência planejada foi popularizado nos anos 50 pelo designer industrial Brooks Stevens, que propôs que as corporações deveriam pensar em todo o ciclo de vida de um produto durante a fase de design e antecipar o desejo natural do consumidor de possuir continuamente algo um pouco mais novo e um pouco melhor. Stevens propôs que uma abordagem iterativa ao design do produto não só ajudaria a manter os custos de produção baixos, mas também inspiraria o consumidor a fazer uma compra um pouco mais cedo do que seria absolutamente necessário, o que, por sua vez, manteria a economia crescendo e criaria um mercado secundário para produtos usados.
Através dos anos, os críticos têm culpado o conceito de obsolescência planejada por tudo, desde a má qualidade do produto até a criação de uma sociedade descartável que não sabe mais o que é viver em um mundo onde os produtos foram "construídos para durar". Os defensores da obsolescência planejada apontam que a tecnologia está mudando muito rapidamente e é simplesmente senso comum que os fabricantes reconheçam o fim do ciclo de vida de um produto e planejem com antecedência.
Na indústria de computadores, onde lançamentos iterativos de software e hardware fazem com que a obsolescência ocorra muito mais rapidamente do que em outros setores da indústria, a falha em planejar a obsolescência é uma preocupação real. Em muitos centros de dados, onde os ciclos de atualização ocorrem a cada três anos e o descarte de lixo eletrônico é legislado, o hardware deve ser descartado de forma ambientalmente responsável.